Expectativa e medo dominam investidores de criptomoedas no Brasil durante a última semana

Nos últimos sete dias, os sentimentos que mais foram manifestados pelos investidores brasileiros do mercado de criptomoedas foram antecipação, medo e surpresa. Os dados são do Emotional Climate Reports (ECR). Ontem (16), a antecipação cedeu espaço para o crescimento de medo, tristeza, surpresa e raiva.

Expectativa em torno do Bitcoin

Entre os dias 10 e 16 de outubro, a antecipação média dos investidores brasileiros em relação ao mercado de criptomoedas flutuou entre 39,3% e 45,4%. 

De acordo com o ECR, plataforma de inteligência criada pela Delta Analytics em parceria com a LatAm Intersect PR, boa parte da expectativa dos investidores está relacionada às movimentações de preço do Bitcoin (BTC). 

Entre as 100 notícias que mais causaram o sentimento de antecipação nos investidores brasileiros, 60 delas estão relacionadas ao BTC. As 40 notícias restantes se dividem em previsões sobre Ethereum (ETH), Polygon (MATIC) e Stellar (XLM).

Surpresa cede espaço ao medo

Entre os dias 15 e 16 de outubro, a média do sentimento de surpresa caiu 3% e passou a representar 19% dos investidores no Brasil. Esse espaço no imaginário do mercado cripto brasileiro foi ocupado pelo medo, que cresceu proporcionalmente à queda da surpresa.

Ao longo da última semana, a tristeza também se fez mais presente entre os brasileiros que investem em ativos digitais, atingindo a média de 11% no dia 16. 

As notícias sobre o julgamento de Sam Bankman-Fried e a FTX foram responsáveis pelo crescimento do medo e da tristeza entre investidores brasileiros, aponta o ECR.

Movimentação abrupta

Na segunda-feira, os sentimentos dos investidores brasileiros expostos ao mercado de criptoativos exibiram movimentações abruptas. O sentimento de antecipação caiu de 75% para 28,7%.

O Bitcoin atingir o seu nível de preço mais baixo das últimas duas semanas foi um dos principais motivos, segundo o ECR. Além disso, a suposta manipulação de preço praticada pelo CEO da extinta FTX, que consistiu no uso de BTC dos clientes para manter a cotação abaixo de US$ 20 mil.

Enquanto isso, o medo se intensificou no mercado brasileiro de ativos digitais, saindo de 25% para 28,5% após a descoberta do uso de criptomoedas pelo Hamas. Esse é também o fator por trás do pico de surpresa registrado pelos investidores, saindo de zero para 21,4%.

Raiva e tristeza também se tornaram mais presentes no mercado cripto entre os dias 15 e 16 de outubro, atingindo 14,3% e 7,1% dos investidores, respectivamente. O ECR atribui ambas variações à revelação de que a FTX falsificava os valores das suas reservas e ao conflito na Faixa de Gaza.

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